domingo, 22 de março de 2009

MERCANTILISMO

Não podemos pensar no mercantilismo isoladamente, fora do seu contexto político, afinal, as práticas mercantilistas fazem parte de uma estrutura que englobava quase toda a Europa (o Absolutismo).
segue 2 textos que resumem bem o que foi o mercantilismo
"Atualmente usamos o vocábulo mercantilismo para designar as práticas econômicas utilizadas no mundo ocidental no período de transição do feudalismo para o capitalismo. A partir do século XVIII, essa palavra foi usada para rotular a política econômica adotada por alguns Estados europeus entre os séculos XV e XVIII. Doutrina econômica que caracterizava o período
histórico da revolução comercial (séculos XVI-XVIII), marcado pela desintegração do feudalismo e pela formação dos Estados Nacionais . Defende o anúncio de divisas em metais preciosos pelo Estado por meio de um comércio exterior de caráter protecionista. Alguns dos princípios básicos do mercantilismo são: 1) O Estado deve incrementar o bem-estar nacional, ainda que em
detrimento de seus vizinhos e colônias; 2) a riqueza da economia nacional depende do aumento da população e do aumento de volumes de metais preciosos: 3) o comércio exterior deve ser estimulado, pois é por meio de uma balança comercial favorável que se aumenta o
estoque de metais preciosos: 4) o comércio e a indústria são mais importantes para a economia nacional que a agricultura. Essa concepção levava a um intenso protecionismo estatal e a uma ampla intervenção do Estado na economia. Uma forte autoridade central era tida como essencial para a expansão de mercados e para a proteção dos interesses comerciais. O mercantilismo
era constituído por um conjunto de concepções desenvolvidas por ministros, administradores e
comerciantes, com objetivos não só econômicos como também político-estratégicos. Sua aplicação variava conforme a situação do país, seus recursos e o modelo de governo vigente.
Texto adaptado de Paulo Sandroni.
Continuando...

Os três tipos mais importantes de mercantilismo foram o bulionismo, o comercialismo e o industrialismo. O bulionismo (metalismo) desenvolveu-se na Espanha, para onde fluíam o ouro do México e a prata do Alto Peru. Esse gigantesco fluxo de metais preciosos trouxe para a
Espanha duas graves conseqüências: por um lado, levou ao desinteresse pelas atividades industriais e agrárias, ocasionando queda na produção; por outro, desencadeou uma inflação generalizada no país resultante da alta vertiginosa do preço das mercadorias então em escassez,
conhecida como Revolução dos Preços. Os efeitos dessa crise econômica, que atingiu sobretudo as camadas populares, chegaram a provocar o decréscimo da população espanhola: a Espanha era obrigada a adquirir no exterior inúmeros gêneros necessários à sua sobrevivência.
O comercialismo originou-se na Inglaterra, cujo desenvolvimento manufatureiro e poderio naval
impulsionaram, sobretudo no século XVII, a expansão do comércio exterior. Os navios da marinha mercante distribuíam no mercado mundial os tecidos produzidos pelas manufaturas inglesas, possibilitando ao país o acúmulo de metais preciosos através da manutenção de uma balança comercial favorável. Reproduzimos o trecho de um documento do século XVI que sintetiza a concepção do comercialismo inglês: ‘A única maneira de fazer com que muito ouro seja trazido de outros remos para o tesouro real é conseguir que grande quantidade de nossos produtos seja levada além dos mares, e menor quantidade de seus produtos seja para cá
transportada...”
O industrialismo chegou ao apogeu na França com o mercantilismo de Colbert, ministro de Luís
XIV. De acordo com as concepções de sua época, Colbert buscou fazer a riqueza da França com a acumulação de metais preciosos obtidos através de uma balança comercial favorável. Para isso, procurou tornar o país economicamente auto-suficiente, proibindo as importações e incentivando as exportações. Sua política econômica consistia em acelerar o desenvolvimento industrial da França através da criação das manufaturas reais, da concessão de monopólios estatais, da subvenção à produção de artigos de luxo, da criação de grandes companhias comerciais, da conquista de colônias e do fomento ao crescimento da marinha mercante. Omercantilismo francês ficou conhecido também como colbertismo.
Texto de Leonel Mello.

4 comentários:

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  2. me salvou no utimo momento
    kkkkkkkkkkkkkkk

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  3. Maria Regina Antunes24 de março de 2010 às 09:55

    Parabéns pela postagem, ficou muito claro,mais fácil de interpretar do que o próprio livro didatico!

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